

Junho Vermelho é uma campanha de conscientização sobre o ato de doar sangue: um gesto simples, rápido e praticamente indolor. Para quem realiza a ação, as mudanças podem ser pequenas, mas para quem recebe pode significar tudo: mais uma vida salva.
Aliás, uma não. A cada doação de sangue até 4 vidas podem ser salvas.
Pelo fato do sangue ser insubstituível à vida, as pessoas que por algum motivo, como acidentes ou doenças, precisam repô-lo ficam dependentes da solidariedade dos doadores.
No Brasil, existem 27 hemocentros e mais de 500 serviços de coleta, tanto na rede pública quanto na privada. Segundo uma estimativa do Ministério da Saúde, cerca de 3,5 milhões de brasileiros realizam transfusão de sangue todos os anos.
Mas o número de voluntários dispostos a doar ainda não é o ideal para que os estoques estejam sempre abastecidos.
Para evitar que os hemocentros cheguem em um estado de emergência, campanhas são feitas para conscientizar as pessoas, sendo uma delas o Junho Vermelho.
A campanha Junho vermelho é uma ação voltada à conscientização da população sobre a importância de doar sangue, que ocorre anualmente.
Ganhando mais espaço a cada edição, Junho Vermelho conta com uma crescente adesão dos meios de comunicação, levando mais informação às pessoas interessadas em colaborar.
A data tem um motivo: dia 14 de junho se comemora o Dia Mundial do Doador de Sangue, uma data definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em homenagem ao nascimento do imunologista austríaco Karl Landsteiner, responsável por descobrir os tipos sanguíneos.
Mas não é só isso.
Junho vermelho acontece justamente em uma época do ano em que as doações de sangue caem. Devido às baixas temperaturas, a frequência pode reduzir-se à metade.
Por isso, as ações propostas são extremamente importantes e valem para todo o ano.
Para que nunca houvesse necessidade de campanhas de emergência, seria preciso que pelo menos 3,5% da população saudável brasileira doasse sangue, sendo que o ideal fica em torno dos 5%.
Mas dados da campanha #PartiuDoarSangue apontam que, no Brasil, apenas 1,8% da população se dispõe à doação de sangue voluntária.
A importância do Junho Vermelho: doe sangue, doe vida
A medicina, ao longo da história, evoluiu ao ponto de descobrir tratamentos alternativos capazes de melhorar e substituir procedimentos. Com isso, é possível salvar, muitas vidas com mais facilidade e até mesmo com menos recursos. São vários os medicamentos, cirurgias, exames e terapias inovadoras.
Contudo, ainda existem coisas que não puderam ser reproduzidas, como é o sangue.
Um paciente que precisa de uma transfusão ou que perdeu muito sangue, por exemplo, depende apenas da doação de alguém que tenha um tipo compatível.
Por isso, a doação é tão importante, pois essa solidariedade é o recurso capaz de salvar vidas, de forma simples e rápida.
Esse sangue doado é usado em tratamentos de pacientes com câncer, que possuem doenças crônicas, em cirurgias e atendimentos de emergência, por exemplo.
Como funciona a doação de sangue?
A doação começa a partir da coleta de sangue de um doador voluntário, feita nas unidades de coleta espalhadas pelo Brasil.
No entanto, antes de acontecer a coleta, a pessoa passa por uma entrevista de triagem, avaliando se ela cumpre os requisitos para quem pode doar.
Isso feito, e a pessoa liberada para doar, inicia-se a coleta feita com um profissional do hemocentro.
Não é preciso estar em jejum ou ter medo. O procedimento é simples e se sente apenas a picada de agulha no braço, bem semelhante a um exame de sangue comum.
Em uma pessoa adulta, que possui em média 5 litros de sangue, são coletados no máximo 450mL. É uma quantidade considerada pequena, mas o suficiente para ajudar quem tanto precisa.
Contando com a entrevista de triagem, cadastro, avaliação de sinais vitais, testes para anemia, coleta de sangue e o lanche oferecido após a doação, estima-se que todo o processo dure cerca de 40 minutos.
Para o organismo repor o volume de sangue doado também é bem rápido, ocorrendo dentro das primeiras 24 horas após a doação.
Entre uma doação e outra, é preciso ter um intervalo de 2 meses para homens (máximo de 4 doações anuais) e 3 meses para as mulheres (máximo de 3 doações anuais).
Fonte: https://minutosaudavel.com.br/junho-vermelho/